Há 105 anos morria o engenheiro, jornalista e escritor Euclides da Cunha (1866-1909). Li apenas dois dos seus livros: "Os Sertões" e "À Margem da História", que relatam as realidades de duas extremidades do país: o Nordeste seco e árido e o Norte - Amazônia - úmido e impenetrável. Ler Euclides da Cunha é conhecer um Brasil, do início do Século XX, que não é muito diferente daquele dos dias atuais.
Quem também morreu nesta data foi Joel Silveira (1918-2007), igualmente jornalista e escritor. Este eu conheci mais cedo, lendo e relendo os despachos que ele enviou da Europa durante a II Guerra Mundial, como correspondente da revista "O Cruzeiro". Na casa da minha avó existia uma coleção dessa publicação (mais exemplares da "Manchete", "Fatos & Fotos", "Seleções"), que eu consumia ávido, como uma traça, nas minhas primeira leituras. Uma das matérias que li e reli foi sobre um sargento que morreu numa emboscada dos alemães. Antes de sair nessa missão, o sargento pediu a Joel Silveira para dar um recado à filha dele. Relembrei da beleza do texto agora, pois reli a crônica num site especializado em guerras. A crônica está aqui. Li e emocionei de novamente.
Dois grandes escritores que se foram, mas deixaram na literatura a marca indelével de seus estilos.
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