7 de abr. de 2015

COM O QUEIJO, O DOCE E A FACA NAS MÃOS

A decisão da presidente Dilma de entregar a articulação política do governo ao vice-presidente Michel Temer, era tudo que o PMDB queria. Já no comando do Senado/Congresso Nacional e da Câmara dos Deputados, além de seis Ministérios e milhares de cargos do segundo escalão para baixo, o PMDB estaria como o diabo gosta. Repito, estaria.

 Acontece que o PMDB - leia-se Renan Calheiros e Eduardo Cunha - não foi consultado pela presidente Dilma, nem pelo vice Michel Temer. A saia justa está sendo "vendida" como uma nova oportunidade para o partido, que assume mais espaços no principal cenário político nacional.

Se o PMDB já estava com a faca e o queijo nas mãos, foi acrescentada uma gorda fatia de goiabada cascão. Mas a goiabada pode se transformar em marmelada (o doce, viu?). Os senadores e deputados irão bater à porta do Temer pensando estar falando com o vice-presidente, mas ele estará ministro. A diferença é muito grande, a começar pela falta de autonomia. Se desagradar como articulador, paciência, ele não pode ser exonerado...

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