Ainda é tempo para que eu manifeste minha tristeza pelo falecimento da dona Adelice. Eu a conheci muito antes de ir trabalhar no Alto Madeira. Qualquer coisa que precisasse, que não fosse ligado à redação, era com ela. Reservar espaço para anúncio ou nota oficial, reclamar exemplar de assinante que não chegou, pedir exemplares atrasados, deixar recado para o seu Euro e para o seu Luiz (era mais seguro que confiar nas secretárias). Ela sempre me tratou como se me conhecesse a vida toda (acho que era assim com todos). Quando fui trabalhar no AM na triste Era Collor, sempre reservava um instantinho para nos ouvir - o Paulinho Correia e eu íamos lamentar juntos - e sempre tinha uma palavra de incentivo: "Isso vai mudar, tenham calma..."
Não sei quando a vi pessoalmente pela última vez (falei por telefone diversas vezes depois). Sei que o jornal ainda não tinha se mudado para a atual sede, com entrada pela avenida Migrantes. Fui à redação, deixei o rilisi e perguntei onde era a sala dela. Bati na porta e segundos depois já a abraçava. Perguntou como eu estava, como estava a família, quem eu apoiava na política e depois desejou saúde.
É essa lembrança que vou guardar da senhora, dona Adelice. O Alto Madeira e todos nós que tivemos o privilégio de conviver com a senhora já estamos sentindo muito a sua falta.
Um comentário:
Eita Zé..Logo no primeiro post um tapa na cara. Conheci a dona Adelice por volta de 1981, quando comecei a trabalhar no velho AM, ainda no centro da cidade. Grande amiga. Era a nossa, digamos, 2ª mãe lá no jornal. Uma grande perda não só para o jornal, nem pra família Tourinho, mas para todos nós que gostamos de pessoas íntegras como a dona ADELICE.
Que Deus tenha reservado um lugar bem bom para ela ao seu lado...
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