27 de fev. de 2015

AOS MOÇOS

Sugiro a leitura do texto abaixo, retirado do perfil do jornalista e professor Nilson Lage. O Jornalismo está trilhando um caminho perigoso e sem volta. Vale para os estudantes sonhadores e a alguns coleguinhas que "querem ser mais reais que o rei", como dizia o saudoso Paulo Queiroz.
Leiam:

Um dos efeitos colaterais desse tipo de "jornalismo" raivoso que a grande mídia brasileira vem praticando, à base de insulto, difamação, malícia e distorção da realidade, é que corrompe uma geração inteira de jovens jornalistas. 
Talvez seja está a segunda geração de vítimas na profissão.
Desconfiei que isso ia acontecer quando começou a onda bem financiada e articulada do jornalismo investigativo - não na base da pesquisa, coleta análise e tratamento de dados, mas com ênfase em artes de espionagem (infiltração, falsa identidade, alianças estratégicas não convencionais etc.) para obter ou forjar denúncias.
Jornalismo não existe essencialmente para combater governos nem é quarto poder coisa nenhuma. Sua função é informar sobre os fatos e ideias de seu tempo; isso exige pluralidade e independência - exatamente o que não se consegue em oligopólios de informação. 
Não se faz jornalismo nem com artes de X-9 nem com pautas fechadas que o repórter preenche como se fossem formulários.
Ou o jornalismo serve para produzir conhecimento ou não serve para nada. De certa maneira, o que ocorre é uma espécie de suicídio da credibilidade.
Não é fenômeno apenas brasileiro, mas aqui atinge intensidade incomum.

Obrigado, Luiz Fajardo

Um comentário:

Unknown disse...

Obrigado Comandante, forte abraço.