8 de fev. de 2015

ESSES TITULEIROS SEM NOÇÃO...

Na Imprensa de hoje já não existe essa figura, que foi muito importante para aumentar a venda dos jornais: o "tituleiro". Houve época em que havia um profissional só para fazer isso. Recebia as manchetes dos editores e os diagramadores diziam que tamanho de título queriam e ele completava a tarefa, usando imaginação e malandragem. Se a matéria fosse em uma coluna apenas, o diagramador poderia pedir: "Três de três", ou seja, três linhas com três letras ou sinais gráficos, por exemplo.

Há muitas histórias, mas esse exemplo que citei é um clássico no folclore do jornalismo mineiro. Diz-que o Brasil dos anos 50, governo Juscelino Kubitschek, passava por uma crise de relacionamento com a ONU. Para testar o tituleiro o diagramador pediu: "3 de 3!" A redação parou e ficou esperando a resposta, que veio em um pedaço de papel datilografado:
JK:
ONU
NÃO
Contam que houve aplausos gerais...

Isso tudo é para dizer que o leitor é "fisgado" pelo título. "Peixes", iguais a mim, só se alimentam de ''iscas exóticas", como aquelas que sempre comento aqui. A da "facada de misericórdia", é o exemplo mais recente.
(Ilustra Internet/Blog Mãe da Joana)

Ontem à noite, quando fazia a 'ronda' nos sites caripunas fui fisgado por este título: "Corpo é encontrado com marca na cabeça". Fui ler imaginando que fosse alguma das ilustrações acima. Mas não era nada disso...

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