Tive o desprazer de conversar hoje com uma pessoa que teve um pedido de patrocínio negado. A pessoa, que não nasceu aqui, culpou os "estrangeiros" que constroem asuzina pelo alto número de inadimplentes que "apareceram" este ano.
- Estou aqui há 50 anos, vi a cassiterita, vi o ouro, mas tenho saudade do tempo que o funcionário da prefeitura, do governo, recebia na boca do caixa. Agora, com estes cartões, estes planos que trouxeram, tem gente devendo até 2017.
Tentei lembrar que na época da "economia do contra cheque" a reclamação era a mesma. Se o pagamento atrasava, o comércio penava. Não fui convincente. A coisa está ruim agora, com 40 mil pessoas trabalhando só nasuzina, que pagam em dia.
- Mas eles vão gastar em São Paulo, no Maranhão... Eu cheguei de viagem na semana passada e tive que esperar 20 minutos para sair do avião. Era só peão...
Encerrei a conversa. Sou estrangeiro, trabalho nasuzina, gasto aqui o que ganho e ainda tenho que ouvir isso tudo. Eu não sou padre e posso mandar à *erda!
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