A cobertura do desfecho do sequestro em Santo André mostrou - especialmente nas transmissões ao vivo - que repórteres e apresentadores deixaram as próprias emoções falarem mais alto. Na entrevista coletiva dada pelo comandante da operação, as perguntas eram agressivas. A melhor análise deste episódio, olhando a atuação da Imprensa, encontrei no blog Chongas, do Flavio Lamenza, que reproduzo abaixo, suprimindo apenas os espaços duplos entre as linhas:
"Eu fico sem palavras… Acabou de dar na Globo no Plantão Notícias, sobre o seqüestro em São Paulo. Aqui tem a notícia da Globo do fim do sequestro.
Acabei de ver a notícia. O GATE entrou com bomba, e tiros.
(silêncio)
A repórter da Globo faz a cobertura ao vivo como se estivesse chorando… Não sabe nem o que falar…
(momento tenso)
Sai uma maca com a Eloá baleada, a repórter não sabe se chora ou se dá a notícia.
Sai o sequestrador Lindemberg andando com os policiais.
(pausa, momento de tensão…)
Sai a Nayara andando e vai direto para a maca, também está baleada.
Na chegada do hospital, as duas meninas vão para a emergência cobertas de sangue e seqüestrador para a delegacia, limpo.
Acaba de dar a notícia que as duas meninas de 15 anos, 15 ANOS!! estão gravemente feridas na cabeça…"
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