Os acontecimentos 'pluviais' de hoje me fizeram lembrar de um outro ocorrido também há uns 20 anos. Uma amiga, adolescente como eu, foi a um sacolão da avenida Brasília se candidatar à vaga de caixa ou algo assim.
O dono do comércio, que era paulista, perguntou à moça:
- Você é de onde?
- Daqui, de Porto Velho.
- Tem vaga não. Gente daqui não trabalha em dia de chuva.
Lembro-me bem da cara da menina contando isso. Fiquei tão chateada com esse preconceito tanto quanto fico quando alguém deixa de cumprir um compromisso por causa de chuva. Isso, claro, relevando os casos de alagamentos e afins.
Assim como eu, também porto-velhense, essa minha amiga nunca deixou de ir à escola ou ao trabalho em dia de chuva. Esse é um dos tantos paradigmas que quem nasceu em Porto Velho tem que enfrentar cotidianamente.
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