Em 1º de agosto de 1912 era inaugurada a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, extinta em 1966, pelo governo militar, por considerar ferrovias com menos de 400 quilômetros de extensão "economicamente inviáveis".
Um comentário:
Anônimo
disse...
MARIA PASSA REBOLANDO OS AÇOS DA PHILADELPHIA GRITANDO BAWLDIMENTE SOLTANDO FUMAÇA MARIA PASSA APITANDO CARTESIANAMENTE AVISANDO QUE VAI PRÁ GUAJARÁ-MIRIM SEM MIM QUE ESTOU NA JANELA NA RAMAL SÃO DOMINGOS NESTE DOMINGO DE 1966 OLHANDO PRÁ BELA NEGRA IN LOCO LOCOMOTIVA ATIVA SATIVA NATIVA TRISTE A CHORAR POR ELA QUE NÃO VOLTA NUNCA MAIS SEM GRITO SEM APITO SEM FUMAÇA SEM A RUA DO COQUEIRO SEM A BAIXA DA UNIÃO SEM O ALTO DO BODE SEM A MARIA FUMAÇA O TRIÂNGULO O CAI N’ÁGUA A VIDA FICAM SEM GRAÇA SEM POESIA OS TRILHOS ABANDONADOS LEVAM MEU CORAÇÃO METAFÍSICO TRAFEGAR SEM DESTINO POR ESTE CAMINHO ABSTRATO DORMENTES ABANDONADOS CEMITÉRIOS DE TRENS SEM ALMAS FANTASMAGÓRICAS IMAGENS PAISAGENS DEVASTADAS SOMBRIOS FIOS PARTIDOS CAÍDOS COLHENDO REMINISCÊNCIAS PONTES SEM TRAVESSIAS VAZIAS CORROÍDAS ENFERUJADAS QUE NÃO LIGA A LUGAR NENHUM SOLITÁRIAS SOTERRADAS SOSSEGADAS FOGOS FÁTUOS QUASE APAGADOS GUAJARÁ-MIRIM SEM MIM SEM A MENINA BELA SEM JACI A BRILHAR CONTEMPLAR PELA JANELA SEM JACI PARANÁ SEM MUTUM PARANÁ SEM AMANHÃ EM ABUNÃ TEREI SAUDADES DELA SEM O BRILHAR INCANDESCENTE OLHAR HOLOFOTE ILUMINANDO MINHA VIDA QUANDO PASSA AGORA É PURO VAZIO NADIDADE QUASE INFINITA TRISTEZA QUE ME ULTRAPASSA SONHO QUE APAGOU EM 1971 DEIXANDO UM VAGÃO NO MEU CORAÇÃO UMA DORMÊNCIA NO MEU SER SOU MAIS UM DORMENTE ADORMECIDO EM TEU BERÇO ESPLÊNDIDO ESQUECIDO COMO O HINO DE UM PAÍS CHAMADO BRASILES.
LUIZ ALFREDO – FOR, 2011. poeta.
*Poema do livro: Poesias Baldwianas: in loco motiva.
Um comentário:
MARIA PASSA
REBOLANDO OS AÇOS DA PHILADELPHIA
GRITANDO BAWLDIMENTE
SOLTANDO FUMAÇA MARIA
PASSA
APITANDO CARTESIANAMENTE
AVISANDO QUE VAI PRÁ GUAJARÁ-MIRIM
SEM MIM
QUE ESTOU NA JANELA
NA RAMAL SÃO DOMINGOS
NESTE DOMINGO DE 1966
OLHANDO PRÁ BELA NEGRA IN LOCO
LOCOMOTIVA ATIVA SATIVA NATIVA
TRISTE A CHORAR POR ELA
QUE NÃO VOLTA NUNCA MAIS
SEM GRITO SEM APITO SEM FUMAÇA
SEM A RUA DO COQUEIRO
SEM A BAIXA DA UNIÃO
SEM O ALTO DO BODE
SEM A MARIA FUMAÇA
O TRIÂNGULO O CAI N’ÁGUA A VIDA
FICAM SEM GRAÇA
SEM POESIA OS TRILHOS ABANDONADOS
LEVAM MEU CORAÇÃO METAFÍSICO
TRAFEGAR SEM DESTINO
POR ESTE CAMINHO ABSTRATO
DORMENTES ABANDONADOS
CEMITÉRIOS DE TRENS SEM ALMAS
FANTASMAGÓRICAS IMAGENS
PAISAGENS DEVASTADAS
SOMBRIOS FIOS PARTIDOS CAÍDOS
COLHENDO REMINISCÊNCIAS
PONTES SEM TRAVESSIAS
VAZIAS CORROÍDAS ENFERUJADAS
QUE NÃO LIGA A LUGAR NENHUM
SOLITÁRIAS SOTERRADAS SOSSEGADAS
FOGOS FÁTUOS QUASE APAGADOS
GUAJARÁ-MIRIM SEM MIM
SEM A MENINA BELA
SEM JACI A BRILHAR
CONTEMPLAR PELA JANELA
SEM JACI PARANÁ
SEM MUTUM PARANÁ
SEM AMANHÃ EM ABUNÃ
TEREI SAUDADES DELA
SEM O BRILHAR INCANDESCENTE
OLHAR HOLOFOTE ILUMINANDO
MINHA VIDA QUANDO PASSA
AGORA É PURO VAZIO
NADIDADE QUASE INFINITA
TRISTEZA QUE ME ULTRAPASSA
SONHO QUE APAGOU EM 1971
DEIXANDO UM VAGÃO NO MEU CORAÇÃO
UMA DORMÊNCIA NO MEU SER
SOU MAIS UM DORMENTE ADORMECIDO
EM TEU BERÇO ESPLÊNDIDO ESQUECIDO
COMO O HINO DE UM PAÍS CHAMADO BRASILES.
LUIZ ALFREDO – FOR, 2011.
poeta.
*Poema do livro: Poesias Baldwianas: in loco motiva.
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