Tive o privilégio de conhecer e conviver (pouco) com o bispo Dom Moacyr Grechi. Seja fazendo entrevistas - uma delas em parceria com o Chico Lemos, para o Gente de Opinião - seja ajudando nas celebrações de missas na Catedral, como comentarista.
Mas a minha admiração pelo religioso vem de longa data, quando do caso do coronel 'serial killer' Hildebrando Pascoal. Mesmo ameaçado de morte, Dom Moacyr não se calou e o ex-coronel das barrancas do Rio Branco está atrás das grades.
Assumindo a Arquidiocese de Porto Velho em julho de 98, quis logo conhecer todo o seu rebanho. Nestas indas e vindas, sofreu dois acidentes automobilísticos sérios, mas a missão dele ainda não estava cumprida. Mesmo andando com dificuldades, é um guardião e defensor daqueles que ele chama dos mais humildes. Defensor intransigente da democracia, combate os maus políticos, a compra de votos e a corrupção.
Aos 75 anos (nascemos no mesmo dia), pediu aposentadoria ao Papa Bento XVI e foi substituído ontem (30) por D. Esmeraldo Barreto. Dom Moacyr vai se afastar de seus afazeres episcopais, mas, tenho certeza, continuará a sua missão de portador da palavra de Deus. D. Moacyr, ao senhor que já me abençoou tantas vezes, peço a Deus que o abençoe também e o mantenha por muito tempo conosco. (Foto Marcela Ximenes)
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