E DAÍ?

Desde segunda-feira a Imprensa tupiniquim e a caripuna repetem que um avião teco-teco foi interceptado pela FAB no espaço aéreo cearense, quando aterrissava com um carregamento de cocaína. Todo mundo repetiu, também, que a aeronave pertence a uma empresa de Rondônia.

Mas ninguém foi atrás dessa empresa para esclarecer o assunto. O que está havendo com a Imprensa? Só dá furo quando há vazamento? Cadê os repórteres investigativos?

SERÁ ORGANIZADO?

Vi no Jornal Hoje e fui atrás de mais informações. Em Minas Gerais a Polícia Militar apreendeu mais de dois mil pinos de cocaína, com selos de qualidade do Inmetro e do Procel de economia de energia.

(Reprodução TV Globo)

Quando eu falo que no Brasil só o crime é organizado, não estou exagerando.

LENDO, NÃO DÁ PARA ACREDITAR

Vem de Manaus esta notícia absurda: "Usuário de drogas tenta trocar filho de dois meses em "boca" e acaba sendo denunciado por traficante". Seria cômica se não fosse trágica: Um pai desnaturado e um traficante humanista e com bons princípios.

A matéria não informa, porém, se a polícia prendeu o delator também, pelas atividades profissionais que exerce..

OPERAÇÃO ÁGATA

Calma, não precisa correr e se esconder. A Operação Ágata 8, deflagrada na manhã deste sábado, é para combater o tráfico de drogas, contrabando, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração ilegal e garimpos ilegais, ao longo de 16.886 quilômetros de fronteiras brasileiras. Haverá um reforço, também, nas cidades sede de jogos da Copa do Mundo.
Serão empregados cerca de 30 mil militares, policiais federais e rodoviários e equipamentos, como helicópteros, navios patrulha fluviais, aviões caça, além de veículos/embarcações para assistência à saúde. O Exército cuidará de montar barreiras em estradas e atividades de comunicação, engenharia militar, logística, entre outras atividades da Arma.
Rondônia, um dos Estados de Fronteira, terá uma das bases da Operação, por ser uma das principais rotas do tráfico de drogas.

CADEIRA A JATO

Leio na edição de hoje d'O Estadão do Norte a notícia da apreensão de tabletes de maconha em um barco que seguiria para Manaus. Até aí, nada de mais. O inusitado é que o suspeito de estar traficando a droga é um cadeirante, que conseguiu fugir da polícia.
Não tem como não lembrar do filme "Johnny English", na cena em que Rowan 'Mr. Bean' Atkinson, trafega em alta velocidade pelas ruas em uma cadeira de rodas motorizada e envenenada. Não sei se foi o caso no Cai N'Água. (Foto Esfiles.Blogspot.Com.Br)

ACABANDO COM O TRÁFICO

Leitores vão se arrepiar, mas o Irã trata o assunto tráfico de drogas com uma solução simples: sentença de morte. Vejam aí: "Irã executa centenas de 'senhores da droga'".

COCAÍNA BATIZADA

Na madrugada de ontem passei por uma operação policial na esquina das avenidas Pinheiro Machado e Mamoré. Hoje fiquei sabendo, pelo Estadão do Norte, que foi fechada uma boca de fumo, sendo que a chefe da tchurma guardava as trouxinhas de mela dentro da dita-cuja. Quando um freguês ia buscar o produto, ela entrava em um banheiro e retirava a encomenda.
Isso que os japoneses chama de "just in time".

SANTO DO PAU OCO

Assistindo aos telejornais, que deram destaque à apreensão de uma carga de imagens religiosas recheadas com cocaína, lembrei-me das histórias que li sobre o contrabando de ouro nas Minas Gerais do Brasil Colônia. Imagens de santos eram esculpidas em peças de madeiras ocas, que eram recheadas com ouro em pó e o orifício fechado com cera. O expediente dificilmente era flagrado.
Na minha família, "santo do pau oco" era a criança arteira que tinha cara de quietinha, no caso, eu. (Imagem G1/Jornal Nacional)

ESCONDERIJOS

Assistia, sem prestar muita atenção, a uma matéria de polícia no Jornal da Rede. O inusitado do fato eram os locais onde o traficante guardava a droga: congelador da geladeira e em um pé de meia velha...

O CARA

Assisti ao programa "Aqui entre nós", da tv Paraná Educativa, onde mostraram uma entrevista muito boa com o jornalista Sebastião Nery. Entre outras coisas ele confirmou uma história que ouvi de um taxista no Rio de Janeiro há tempos: Brizola impediu que a polícia subisse os morros para não atrapalhar os "rapazes". Depois de doze anos já estava tudo dominado.