25 de set. de 2006

BOATO

Um folclórico morador de Guajará-Mirim é viciado em velórios. Todos os dias ele passa no cemitério local para sondar se o coveiro está abrindo uma nova sepultura. No sábado, vendo o túmulo de uma família tradicional sendo limpo, perguntou “Quem morreu?” O coveiro respondeu não saber, apenas recebeu a ordem de limpar a tumba. O papa-velórios não pensou duas vezes e saiu pela cidade espalhando o boato do falecimento do patriarca da família. Logo que recebeu os votos de pêsames, o filho mais velho correu para a casa da mãe, que encontrou calma, fazendo suas atividades. Resolveu não alarmá-la e saiu em busca do pai, que foi encontrado sentado numa mesa de sinuca, bebendo a sua cachacinha regulamentar. Passado o susto o assunto entrou para o folclore da cidade, que por sinal, é muito rico.