11 de out. de 2008

DIARIM

As edições de hoje e amanhã do D.A. saem encartadas com o 'Diário Criança'. A proposta era que uma série de matérias da Marcela Ximenes, sobre as hidrelétricas do Madeira, servisse de base para que as crianças de 3° ao 5º ano no Ensino Fundamental, da rede municipal de ensino, escrevessem ou desenhassem sobre o tema. Até aí tudo bem. Quando as "redassões" chegaram é que o negócio pegou. Para fazer a seleção foi dificil. Tinha: "escola de insino", "sobreauzina", "são paulo é o país mais iluminado do brasil", os alunos de uma escola - todos - escrevem a mesma coisa (cabeçalho) com o mesmíssimo erro: "moro, a 10 anos" - ou seja, a professora escreveu assim! E foi por aí. A Mar chegou às lágrimas, literalmente. Felizmente tudo acabou bem.

3 comentários:

Anônimo disse...

Meu caro,não é aprofessora que escreve assim, o aluno escreve como pronuncia. No caso de insino, por exemplo, o aluno fala insino e não ensino e escreve como fala, ele já leva isso de casa, pois é em casa que ele aprende a falar. Sugiro que você leia o livro: A língua de Eulália, é muito bom para entender isso. Se o professor entende que ao escrever insino o aluno está querendo dizer ensino, o professor não pode considerar errado. É por aí.O professor alerta o aluno que não é daquele jeito que se esvreve, mas não pode considerar errado.

José Carlos de Sá Junior disse...

Prestenção: São duas coisas diferentes. Repito: "os alunos de uma escola - todos - escrevem a mesma coisa (cabeçalho) com o mesmíssimo erro: "moro, a 10 anos" - ou seja, a professora escreveu assim!"
Também não está certo, no 5º ano, escrever da forma que se fala. Pois eu sugiro a leitura do livro "A Qualidade da Educação - Sob o olhar do professor". É auto-análise.

Anônimo disse...

O livro 'A Língua de Eulália' trata do preconceito lingüístico. Não existe essa de o aluno escrever 'insino' e a professora dizer: "ah, que lindo! ele quis escrever ensino, mas o fez fora da Norma". o livro é para entender, por exemplo, que quando alguém diz "o pássaro avoa" há um motivo histórico por traz disso que deve ser respeitado. Outra coisa é uma professora escrever de forma errada ("eu, moro a, 10 anos em Porto Velho" - sujeito separado do verbo por vírgula, ‘a’ artigo no lugar de ‘há’ verbo) no quadro e todos os inocentes seres da sala copiarem tal e qual. Então aí tem algo errado, sem dúvida alguma. Tenho certeza absoluta que Marcos Bagno não consideraria a escrita dessa professora um caso lingüístico. Não, ele pediria - assim como qualquer outra pessoa com o mínimo de senso - para essa professora voltar para sala, mas do outro lado da carteira.

Marcela