15 de fev. de 2009

ECOS DO 'BERADÃO'

Voltei à Calama - com tempo para visitas - após seis anos de ausência. Eu era quase um "local" antes, com idas frequentes para descançar a mente. O solopamento provocado pelas águas do rio Madeira no barranco já levou uma parte da área frontal da localidade, incluindo o barzinho em que eu gostava de me sentar para ler e ficar "bestando", olhando o rio Madeira passar e, claro, bebendo um cervejinha. Em pouco tempo a igreja e a casa centenária existentes ali devem descer rio abaixo, também. A população está crescendo, mas o posto de saúde funciona precariamente. Em março o distrito recebe celular e internet: “Para nós, velhos, não altera nada, mas para os jovens vai ser muito bom. Vai ter até a tal da lan, que eu não sei bem o que isso”, me disse a Morena. O padre Viana, que ficou na comunidade durante muitos anos, foi transferido para Guajará-Mirim, "para que ninguém matasse ele ou ele matasse alguém" e, por 'coincidência', o número de evangélicos aumentou bastante. Foi a Morena, da pousada, quem nos explicou a quantidade de templos evangélicos:
- Tem a [Igreja] Batista, a Metodista, a Adventista, a Amor de Cristo...
- E tem crente para isso tudo?
-Tem e ainda sobra gente pra a sem-vergonhice... Tem uns meninos que ficam noiados o tempo todo...
Perdi as fotos que fiz, "salvas" em um lugar qualquer deste computador. Se as recuperar, faço a postagem depois.

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