24 de mar. de 2009

DEFUNTO ENJEITADO

Tem coisa que só acontece comigo. No início da noite de ontem o telefone fixo tocou.
- Alô?
- Alô, pois não?
- Aqui é do João Paulo. O senhor conhece o senhor XXXX ou alguém da família dele?
- Não senhora.
- Em que bairro o senhor mora?
- No XXXX
- Ah, o seu XXXX morava na Jatuarana.... De quem o senhor comprou esse telefone?
- Da própria concessionária...
- Faz muito tempo?
- Eu já falei para a senhora que não conhecemos a pessoa....

Mais tarde a conversa se repete com pouca variação...

Na terceira vez que o telefone tocou, a paciência (Que paciência? pergunta a Mar) já tinha escorrido completamente. Só esperei a mulher fazer a introdução.
- Já disse duas vezes que não conhecemos a pessoa. A senhora pode fazer o favor de parar de telefonar para cá?
- O senhor vai dizer outras vezes, pois o seu XXXX morreu e estou tentando localizar a família....
- Mas não é daqui, meu Deus.
Bati o telefone e o desliquei da tomada. Que Deus me perdoe.

Nenhum comentário: