Falando nisso, me lembrei de um caso ocorrido no começo do ano passado, se não estou enganada. Estava na editoria-executiva do Diário da Amazônia num plantão de domingo e a Yalle Dantas estava na edição do caderno Cidades. Em dúvida com um texto do correspondente de Cacoal, ela pediu minha opinião. A matéria era sobre um surto de dengue no município e as ações da prefeitura.
Fui lendo, lendo e ao chegar no último parágrafo lá estava a verdadeira notícia: Cacoal sofria com várias casos de dengue hemorrágica. Não tive dúvida, pedi à colega para modificar o texto e tasquei o assunto como submanchete, acreditando que o correspondente havia se enganado na montagem do texto e esquecido do formato pirâmide invertida*.
No entanto, o colega de Cacoal não gostou nadinha do destaque de capa e muito menos da alteração feita no texto dele e me telefonou indignado: "poxa, assim você me complica aqui". Fiquei sem entender até o momento que ele me explicou que era assessor de imprensa da prefeitura local. Isso é o que dá jogar em times diferentes.
* técnica jornalística em que o mais importante da notícia deve vir primeiro.
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