Acabo de ler na revista Alfa, editada pela Abril, artigo do administrador Leandro Vieira, com o título "Como torturar com o Powerpoint". É tudo que eu já pensei, sofri e nunca escrevi. Vai reproduzido abaixo, retiradao do site http://www.administradores.com.br/, do qual o Leandro é o editor:
Como torturar pessoas usando o PowerPoint
Criado para facilitar a vida de milhões de pessoas necessitadas de um suporte para as suas apresentações acadêmicas, comerciais e corporativas, o PowerPoint acabou se tornando um verdadeiro instrumento de tortura.
Fãs de Bill Gates, tenham calma! Eu explico.
O problema, como sempre, não é a ferramenta, mas o uso que se faz dela. A maior parte das pessoas utiliza o PowerPoint como uma bengala em suas apresentações. As razões podem ser diversas: insegurança, medo, despreparo, vontade de surpreender a plateia com os "efeitos especiais", deslumbre com o programa, e por aí vai. A bronca é que, sem o bendito PowerPoint, adiós apresentação.
O modo mais comum de tortura é rechear os slides com texto. O apresentador, com medo de não lembrar o que veio falar, entope os slides com um milhão de frases. Para completar, ignora o público à sua frente e lê o que está escrito no telão. Pobre plateia.
Utilizar o clipart do Windows é um dos clichês. Sempre em busca do caminho mais fácil, o torturador não pensa duas vezes antes de inserir aquelas imagens batidas em sua apresentação.
Outra estratégia torturante é o uso de bullet-time, aquele efeito irritante que faz as frases deslizarem na tela. A cada tópico lido pelo palestrante, uma nova frase faz sua entrada triunfante da esquerda para a direita (ou de baixo para cima, ou rodopiando, ou piscando...). Os mais empolgados ainda utilizam o pacote de sons do aplicativo:
"As vendas do primeiro semestre de 2010 superaram em 6% as do mesmo período do ano passado". POW! (barulho de disparo de revólver);
"Em contrapartida, fomos obrigados a reduzir nossa margem de lucro em 3,29%" SCRINNNCHHHH! (carro freando);
"Dessa forma, para a nossa empresa decolar, minha proposta é de expandirmos nossa atuação para o estado vizinho" PLAC! PLAC! PLAC! (som de aplausos. Do programa, é claro.).
Fale a verdade: você já viu esse filme antes, não viu?
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