O último caso aconteceu no final da década de 1980, em Ji-Paraná. Fomos participar de uma exposição de ações do Governo Jerônimo Santana. A mim cabia explicar a Primeira Aproximação do Planafloro e como seria feito o Zoneamento Sócioeconomico e Ecológico. Cheguei no Casablanca Hotel, deixei minha bagagem no apartamento e fui para o Parque de Exposições. Trabalhamos o dia todo e fomos comer uma pizza e beber umas cervejas. Os colegas ficaram e peguei um taxi para o hotel.
Lá não havia energia. Eu sabia que estava no apartamento 13, no primeiro andar. Pedi à recepcionista uma lanterna emprestada. Não tinha. Uma vela? Também não.
- Tenho esta caixa de fósforos, mas só tem dois palitos.
Peguei a caixa e subi as escadas no escuro, para poupar os fósforos. Lembrava que o apartamento ficava no final do corredor, do lado direito. Terminada a escada, acendi o primeiro fósforo e comecei a correr para dar tempo de chegar ao destino. Com a velocidade, o fogo apagou e dei de cara com uma parede. O corredor fazia um "cotovelo". Recuperado o susto (nem liguei para a dor), pensei: os números ímpares devem estar à direita. Fui tateando e contando as portas, com medo de bater na errada.
Chegando à porta que eu pensava ser a "minha", acendi o derradeiro palito e estava em frente ao apartamento 11. Mas aí meus problemas se acabaram, mais alguns passos e pude tomar um banhão, trocar de roupa e dormir.
No dia seguinte não tinha água para a higiene matinal. Mas já é uma outra história...
Um comentário:
Me diverti lendo esses 3 textos. Incrível sua facilidade para se perder. Ri muito com essa última do fósforo.
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