No dia 26 de abril de 1924 é publicado o livro "O Processo", do tcheco Franz Kafka. Trata-se de uma enrolada história de Joseph K., que certa manhã é preso e julgado por um crime não revelado.
Hoje temos dois julgamentos kafkanianos em andamento (pelo menos teoricamente), igualmente incompreensíveis. Em Brasília, uma CPMI do Carlos Cachoeira, cuja investigação mudou de rumo e tem, agora, como alvo a Construtora Delta e terá amanhã outra mudança de rumos, investigando os financiamentos de campanhas políticas por empreiteiras e ai o assunto morre. Todo mundo tem culpa no cartório.
O outro "processo", em Porto Velho, é a apuração política sobre a participação dos deputados estaduais nos rolos investigados e desvendados pela "Operação Termópilas", da Polícia Federal. Não sei se é falha na cobertura jornalística da atuação da Comissão Processante, mas parece que a coisa não anda. Não estou entendendo nada.
Me considero um cara de inteligencia mediana, razoavelmente informado e, confesso, já nem sei se aconteceu mesmo o butim nas verbas públicas nos dois casos. A diferença das investigações políticas com a obra literária é que no livro a personagem não sabe o que acontece com ela; na vida real, o público é quem não sabe se vive uma grande 'visagem'. (Ilustração: Divulgação)
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